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Esperar um ano inteiro por uns biscoitos, para quem se recusa a ficar numa fila como para o Santini, é doloroso. Um ano inteiro a sonhar com os biscoitos da Hussel, chegam em Novembro e em Janeiro pura e simplesmente desaparecem do mapa. Há quem diga, sabem a um bolo tradicional da madeira, a mim sabe-me a natal, e mais não preciso dizer. A magia dos sentidos, nem luzinhas intermitentes das varandas dos vizinhos ou 'pais natal' farçolas pendurados ao parapeito, tudo é bem mais simples com o veludo do biscoito da Hussel, o mel suaviza a mistura de especiarias. Espesso, mole e crocante, tudo ao mesmo tempo, enquanto o palato se refaz dessa experiência orgasmante. Não o natal não é quando uma mulher quiser, mas uma vez por ano quando a Hussel repõe o stock das exóticas bolachinas, excelentes para a mesa da consolada acompanhando um vinho quente.
Qualquer altura do ano é ideal para receber em casa um novo elemento na família, desde que as pessoas estejam devidamente conscientes da importância desse passo, e com total disponibilidade para abraçar o tremendo desafio. Um bicho não inclui vale de troca, nem é suposto pedir o dinheiro de volta porque o 'produto' não corresponde à expectativa. Precisamos amar os nossos animais tal e qual são, como deveríamos amar-nos uns aos outros de forma igualmente incondicional. O cão ladra, o gato mia, e essa é apenas uma pequena demonstração de que não falam mas passam a mensagem de mil e uma maneiras. E às vezes, porque assassinam os cortinados ou o estimado sofá de pele, julgamo-nos no direito de os aprisionar e devotar ao silêncio puro e absoluto. Os animais têm personalidade, cáracter, e se gostarem mais da mobília do que de um possível felpudo, por favor, não ofereçam bichos neste natal, ou em qualquer altura da vossa vida.